Afina agulha da vitrola em novas canções
Um drink, um cigarro na mão, corpo jogado no chão
Que trilha gostosa de escutar
A sua voz eu encaixotei com alguns velhos LP’s
Em algum porão úmido que eu prefiro nem lembrar!
Uma rede que me abraça, me acolhe num balanço
Dedos num vai-e-vem tocando a terra
Olores de vida e vida viva em meus olhos
Viva vida minha! Só minha!
Afago seu que em mim não toca mais.
Enalteço! É hora do banho
Água quente sobre os ombros, escorrendo pela boca
Sinto (vivo!) minhas mãos pelo meu corpo
Espumas que dão prazer...
Sem sua língua pura e doce, consigo sozinho me enlouquecer!
É cheiro de café, é a broa de fubá
É inspiração que vem com o ar
Um piquenique com sua toalha xadrez
E você uma criança incapaz
Brincando sozinho com sua insensatez!
Oh linda noite que me espera e que comigo supera
Olhos fechados, travesseiros ao lado, sonhos rasos... raros!
No espelho minhas letras escrevem por pura vaidade
É TARDE DEMAIS!
E no meu coração... Eu queria que isso tudo fosse verdade!
(Bruno Guedes Fonseca)
(Todos os direitos reservados e protegidos pela lei nº 9.610, de 19/12/1998)
2 comentários:
Zé... que mentiras mais verdadeiras.... Mentiras poéticas eu compro essa ideia... Abraços
Bruno parabéns! Sempre intenso! Conheço bem essas mentiras...tbém queria que por horas fosse verdade!BJs
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