Que
inferno é esse?
Frio
e vento lá fora
Aqui
dentro inquietude nos diálogos
Nevoeiros
fragmentando meus versos.
É! Chegou
o inverno!
Hora
de hibernar
Já
não ouço os sons das formigas a trabalhar
Pois
o frio corta, alivia e depois mata.
É a
Natureza revestindo-se de um novo cenário
São
as constantes inversões... Térmicas e de humor
É o
vento que arrepia minha nuca...
Somente
o vento!
Termômetros
emocionais abaixo de zero
Neblina
que inspira mistério
Um
ar glacial que queima meus pensamentos
Sol
gelado a me acompanhar
Razão
e portas trancadas
Friagem
que pelas frestas insiste em entrar
Braços
em labaredas
Queimando
a fria brasa na lareira
Chocolate
quente para os lábios
Colchas
de retalho para esquentar a pele.
Calor
que se esquece do coração
Inferno
astral... Um trânsito invernal sem sinalização!
Não
enganas a ninguém
Lágrimas
que congelam as retinas impedindo sua visão
Coloque-as
em qualquer refrigerador
Regressa
verão e aqueça-me com seu amor!
(Bruno Guedes Fonseca)
(Todos os direitos reservados e protegidos pela lei nº 9.610, de 19/12/1998)
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