sábado, 13 de agosto de 2011

Inverno astral - Um poema frio


Que inferno é esse?
Frio e vento lá fora
Aqui dentro inquietude nos diálogos
Nevoeiros fragmentando meus versos.

É! Chegou o inverno!
Hora de hibernar
Já não ouço os sons das formigas a trabalhar
Pois o frio corta, alivia e depois mata.

É a Natureza revestindo-se de um novo cenário
São as constantes inversões... Térmicas e de humor
É o vento que arrepia minha nuca...
Somente o vento!

Termômetros emocionais abaixo de zero
Neblina que inspira mistério
Um ar glacial que queima meus pensamentos
Sol gelado a me acompanhar

Razão e portas trancadas
Friagem que pelas frestas insiste em entrar
Braços em labaredas
Queimando a fria brasa na lareira

Chocolate quente para os lábios
Colchas de retalho para esquentar a pele.
Calor que se esquece do coração
Inferno astral... Um trânsito invernal sem sinalização!

Não enganas a ninguém
Lágrimas que congelam as retinas impedindo sua visão
Coloque-as em qualquer refrigerador

Regressa verão e aqueça-me com seu amor!


(Bruno Guedes Fonseca)

(Todos os direitos reservados e protegidos pela lei nº 9.610, de 19/12/1998)

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