domingo, 28 de agosto de 2011

Extinção

Quem será o próximo?
A quem tu devorarás?
Oh morte!

Perplexidade que cerca nossas vidas.
Realidade inanimada e sem deslumbres.
Querer fugir é desequilibrar-se mentalmente.

Destino ou passagem?
Vitória ou derrota?
Cores ou breu?

Pra quem foi não sei!
Pra quem ficou.
Ausência de brilho, alegria e afeto.

Vidas para ganhar e depois perder.
Passos que ficaram para trás ao encontro de um novo passo.
Um Presente!

Qual presente?
Ele não existe mais.
Você se foi.
Eu vou... Ele vai.

Nos encontraremos novamente.
É só questão de tempo.
Tudo se vai!
Tudo se esvai.

Mas que bom que você nos deixou lembranças e amor.
Cravos e rosas.

(Bruno Guedes Fonseca)

(Todos os direitos reservados e protegidos pela lei nº 9.610, de 19/12/1998)

sábado, 20 de agosto de 2011

SofriMente

Dias e dias trancafiado numa morbidez inexistente.
No suor e no sangue um alarme que nunca existiu.

Pensamentos prolixos... Sentimentos gritantes.
Limites viscosos e ensejos desarvorados.

Coisas de uma mente que negativamente quer sentir.
Fazendo do meu ser um ato fúnebre. Um viver lutuoso!

A mente precisa de mudanças.
Transformações positivas!

O corpo clama por ditos, descritos... Narrativas confiantes.
Esperanças camufladas nas entrelinhas das minhas sinapses.

Que os vulcões desta criatura tornem-se serenos.
Borbulhando minha imaginação de bom senso.

Que as escrituras em minhas paredes impeçam o medo a me acompanhar
Que meu dicionário seja soletrado de forma mais simples.

Quero brincar de crescer!
Quero ascender para sempre brincar!

(Bruno Guedes Fonseca)

(Todos os direitos reservados e protegidos pela lei nº 9.610, de 19/12/1998)

sábado, 13 de agosto de 2011

Inverno astral - Um poema frio


Que inferno é esse?
Frio e vento lá fora
Aqui dentro inquietude nos diálogos
Nevoeiros fragmentando meus versos.

É! Chegou o inverno!
Hora de hibernar
Já não ouço os sons das formigas a trabalhar
Pois o frio corta, alivia e depois mata.

É a Natureza revestindo-se de um novo cenário
São as constantes inversões... Térmicas e de humor
É o vento que arrepia minha nuca...
Somente o vento!

Termômetros emocionais abaixo de zero
Neblina que inspira mistério
Um ar glacial que queima meus pensamentos
Sol gelado a me acompanhar

Razão e portas trancadas
Friagem que pelas frestas insiste em entrar
Braços em labaredas
Queimando a fria brasa na lareira

Chocolate quente para os lábios
Colchas de retalho para esquentar a pele.
Calor que se esquece do coração
Inferno astral... Um trânsito invernal sem sinalização!

Não enganas a ninguém
Lágrimas que congelam as retinas impedindo sua visão
Coloque-as em qualquer refrigerador

Regressa verão e aqueça-me com seu amor!


(Bruno Guedes Fonseca)

(Todos os direitos reservados e protegidos pela lei nº 9.610, de 19/12/1998)