A loucura pode perfeitamente invadir o reino do romantismo e do realismo.
É o que vemos hoje por ai.
Românticos realistas.
Loucos românticos e românticos realmente loucos!
Não existem mais Helenas nem Bentinhos.
De Capitu apenas uma historíola fantástica é escutada.
Restam as memórias.
Sejam as póstumas ou as herméticas.
Memórias do amor.
Do afago.
Do amado!
O romantismo cedeu lugar à mesa para as cobaias humanas e para os homens grosseiros.
Amantes apenas das metáforas.
Um mundo alienado por seres aficionados exclusivamente por charadas e enigmas.
Germes do desequilíbrio!
Os dias estão mais ilegais, vorazes, inseguros e vulgares.
Os amores estão ao acaso.
Acidentais ou incidentais.
O amor está vagabundo!
Um resto e ranço de um ex-mundo.
Mudo!
Imundo!
Onde se escondeu o verdadeiro amor?
No cinema?
No baú?
Dentro do espelho?
Aprisionado como um fantasma?
Numa mensagem perdida?
O que falta para o amor é reaprendermos a semear, a adubar, a podar e a irrigar.
Cultivar no tempo certo.
Esperar o fruto crescer.
Esperar os pássaros espalharem as sementes, os beijos, as belas palavras, os abraços e a gentileza.
Sentemos à mesa e brindemos novamente ao amor.
(Bruno Guedes Fonseca)
(Todos os direitos reservados e protegidos pela lei nº 9.610, de 19/12/1998)
Um comentário:
Também estou esperando por esse amor, meu amigo... Mas estou semeando... Só torço para não ter que esperar por muito mais tempo... rs.
Um brinde ao amor!!
bjs
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