sábado, 10 de setembro de 2011

É meu

Invidere!
Pare de querer o que não é teu.
Sim! Estes farrapos são meus.
Não te empresto!
A fatia de carniça também é minha.
Por que queres tudo?

Tu que sobrevives de sombras
Entre esgotos e ruas escuras
Desejando outros caminhos
Envenenando a tua alma.
Tu que só enxergas teu rosto
Num vil espelho de ilusão.

Tu que és peçonhenta
Negas teu presente
E presenteia a vida a todo instante com tormentosos sentimentos.
Cobiçando meu tesouro...
Tesoura que corta a carne...
A roupa nova!

És tão íntima.
Pecado de Caim.
Caida em trapos na escuridão.
Perturbadora e aniquilante
Fazendo de teus olhos flamejantes
Miras sem calibres.

Desejas meus amigos,
minhas reliquias...
 e minha viagem encantada.
Desejas minha vida, minha morte, minha estrada...
Desejas até meus sonhos...

...que nao te conto mais!

(Bruno Guedes Fonseca)

(Todos os direitos reservados e protegidos pela lei nº 9.610, de 19/12/1998)

3 comentários:

tangram ana paula disse...

Maravilhosoooooooo!
Desejas minha vida, minha morte, minha estrada...
Desejas até meus sonhos...
...que nao te conto mais!

Ameiiiiii!!!!

Guedes disse...

EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE...
Brigadim Aninha!!!
Bjim

ALEXANDRE WAGNER MALOSTI disse...

Arrebentou poeta Bruno Guedes....