Brilham as luzes e os olhos miúdos
Entre vitrines
Entre brinquedos
Infância pobre...
Explorada, prostituída
Crianças maculadas.
Brilham as luzes, mas não as vejo em olhos moribundos
Entre vitrines
Entre lares
A idade esquecida...
Maltratada, mutilada.
Velhice execrada.
É Natal!
Tempo de coração hipócrita
Tempo de crianças alimentadas com “passatempos” supérfluos
E aquecidas com finas mantas que não chegam ao coração.
Falsa realidade familiar em 25... minutos, segundos.
Depois... Tudo volta ao normal!
É Natal!
Que bom que as pessoas se envolvem,
Que bom que as pessoas se emocionam,
Que bom que somos solidários...
Poucos solidários!
Na verdade oportunistas... Inclusive eu!
Nesta ceia cristã chamada...
Charlatanice de Natal!
(Bruno Guedes Fonseca)
(Todos os direitos reservados e protegidos pela lei nº 9.610, de 19/12/1998)
5 comentários:
Oi Bruno,
Gostei muito de sua poesia e sutileza. Parabéns e abaixo a charlatanice de Natal.
Amei, quero fazer das suas palavras as minhas...Infelizmente essa hipocrisia continuará e nada mudará...até
Verdade, Bruno! Também gostei!
Pelo que vejo, acho que está todo mundo se cansando deste comércio que virou o Natal...
Precisamos recuperar o verdadeiro espírito natalino! E não ser solidário apenas em Dezembro, mas nos 365 dias do ano!
Bruno, parabéns.. gostei muito... Ludica, critica, inteligente... deu o recado com a poesia.... Abraços.. e Feliz Natal
Oi Bruno... adorei a poesia, principalmente o trecho "brilham as luzes, mas não as vejo em olhos moribundos"... Realmente, hoje em dia é raro ver o brilho nos olhos de qualquer pessoa. O que vemos são pessoas "decoradas para o Natal", mas não sentindo, realmente, esse "espírito natalino" sobre o qual todo mundo fala. Parabéns pelo texto.
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